Total de visualizações de página

sábado, 22 de novembro de 2014

A PRAIA, O BRAVO MERCEDÃO E MACARRONADA NAS CURVAS DE SANTOS

Passou-se meu oitavo aniversario e nada, nem eu me lembrei dele, chegaram às férias do meio do ano e minha mãe ainda não tinha vindo me visitar, sabia ser temporário e nunca julguei abandono,  mesmo ilhado pelo mar do desencanto. 
Tudo estava sereno, quase não se via o carrasco, até os capitães do mato, saíram á passeio e do sobejo do quartel, formou se a pequena legião dos sem opção, era ficar ou ficar e vida que segue. 
O trabalho agora leve e prazeroso era  pago, remunerado pelo SERPRO, gatos pingados de vários pavilhões, se reuniam no 16 para vedar sacos plásticos contendo algo sobre imposto de renda com  etiquetas com nome e endereço do contribuinte. 
Durou pouco tempo, com o trabalho remunerado  a gana de se ganhar alguns míseros cruzeiros, fez a coisa andar ligeira, foi a fome com a vontade de comer. No fim de cada dia, sobravam elásticos de montão pra nossa prazerosa livre guerra, criamos atiradeiras, arcos,  revolveres e protótipos  do todo jeito. E veio também o primeiro passeio coletivo, foi no Forte dos Andradas, quartel do exército no Guarujá. Ninguém dormiu e madrugada à dentro, ainda no breu da noite os sem opção de três pavilhões se misturaram e invadiram o Mercedes num êxtase inimaginável. Pela manhã desfeita a cerração, a festa da alma dava vida aos olhos,  Roberto Carlos mostrou claramente os túneis e as curvas da estrada de Santos, misto de medo e prazer ao pensar no mercedão já na curva descendente da idade. 
Na entrada do quartel, um farol no verde, indicava pra seguir pela estrada de mão única, e o primeiro trecho em que se viu o mar,   foi ovacionado com um sonoroso e espontâneo  NÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ.
Dava medo sentir o mercedão se arrastando no caminho muito estreito, e olhar pro penhasco lá embaixo, em certos pontos era mano a mano, o penhasco e o mar. 
A areia separava dois morros, onde canhões cobertos pela mata, apontavam pro mar aberto e pra ilha de pedras, limite pelo mar da área militar, era o paraíso mesmo o clima não ajudando, garoava e parava, lembrei-me da Praia dos Amores e só se DEUS refizesse o lugar pra se parecer com ela, as lembranças traziam um lugar  comum que eu desconhecia, Irmão Domingos surpreendeu pela sunga, sem os trajes habituais e mais ainda, querendo brincar com os menores, todos desconfiados, fez  a escultura de uma baleia na areia, quis jogar bola e tentou ser amável humano, até que os gritos dos desesperados guardas, mandando uns menores voltarem da tentativa de chegar a nado á ilha de pedra, o fizessem tornar-se real sem maquiagem. Foi um castigo leve por serem menores em férias num quartel e estarem na frente dos oficiais, cumpriram tarefas, varrer, lavar pratos, sem brincar durante o resto do dia coisas leves, se lembrarmos..., à tarde seguiu legal, bola, banho, rango e um papo bem descontraído com os soldados até a hora de dormir. O dia nasceu com sol tímido em meio a neblina já comum e não sei se por costume ou pela vontade de brincar acordamos primeiro que os soldados, cuidamos do asseio, café e praia onde fiquei o dia todo, alguns foram ver os canhões, fiquei no paraíso e meu couro praiano,  fingia não sentir o arder do sol. Tarde, noite vadia, de bola, banho e rango, foi servido um inédito, simples macarrão, bem temperado, com pedaços de carne moída, que mais parecia um banquete, em nada   lembrava  os pés de galinha. Antes do sono teve tempo pra um jogo quase oficial na quadra, entre os nossos melhores e maiores, contra os soldados, pareceu final de campeonato, o domingão apelido do diretor pela altura e rigor parecia feliz, ou aliviado pelos internos, no indulto de férias, não parava de exibir a cremalheira serrilhada, feito as de uma rato com dentes miúdos, nosso desempenho de meninos militares, tinha surpreendido os oficiais positivamente e nem a tentativa de se chegar à ilha estragou o nosso brilho. Fomos avisados ao chegar de não nadar pra longe da praia e os soldados no rigor fantasioso do regime vigente do ano de 72, tinham as ordens expressas para atirar em tudo que se aproximasse da ilha, poderia ser uma invasão marxista pra tomar o poder no Brasil, seriam baladeiras contra canhões.

A madrugada da partida, foi muito agitada, vez por outra alguém pulava do beliche no dormitório destinado a nós e corria pra fila já formada na porta do banheiro, onde as latrinas militares, sem vaso esperavam os estomacais contorcionistas.  E foi assim do forte até o começo da subida da serra, onde tinha mato despejamos macarrão carne e a vergonha, se vazando pelo caminho, e era engraçado, tinha gente que se ajoelhava rogando pra descer, o mercedão parava e voávamos aos bandos pras moitas, que nem andorinhas em revoada, e  da janela os  sacanas gritos caguetavam, cagão, cagão, cagão. 
Na entrada da velha estrada, o enfado  e o ar de tristeza era geral e perto do cemitério um grito canto, acompanhado de batidas na lataria e indiferente aos olhos de quem vigiava e poderia punir, troou espontaneamente, quase como revolta, chegamos na gaiola, chegamos na gaiola, chegamos na gaiola, Seu Matos solava o
businaço do fiel mercedão, era o anuncio do fim da feliz jornada, cumprira sua missão bravamente, sem vexame, teria direito a um merecido banho. Os míseros cruzeiros recebidos com o trabalho gastei logo após o desembarque, já não se vazava e corria feliz à padaria, onde torrones e balas 15 me esperavam.



























fotos: google imagens, google earth e amigos do facebook. 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A ESTRELA DOS DAVIS NA FESTA DOS GOLIAS



O educandário sempre possuiu a tradição de ter boa música. chegou a possuir uma jazz band e constantemente era chamada pra inaugurações, festas religiosas, festa da liga ou fazer média e angariar fundos com algum bacana.
Em 1958 algumas locações do filme o cantor e o milionário com Anselmo Duarte, Maysa, Eva Vilma, Paulo Goulart, Marlene, Luiz Delfino entre outros foram feitas lá e teve a participação da banda do EDD. A banda do EDD teve a honra de ter por um breve período a regência do maior de todos, o maestro Pedro Salgado, e também o maestro Gaya.
Pelos anos 70,  restou a fama,  a banda não era nem sombra do que foi, mas os concursos de bandas e fanfarras estaduais e nacionais por essa época eram muito fortes, com disputas espalhadas pelas cidades paulistas, Ibirapuera, Pinheiros e as   finais com distribuição de troféus na Avenida São João.
Ali onde as bandas se reuniam antes dos desfiles, pra um aquecimento é que a imensidão da distancia, de nível, educandários e mundos se escancarava. Balizamentos, alinhamentos perfeitos, marchas cruzadas, e jovens fortes, sem marcas na pele, ou semblante, e uma infinidade de lindas moças, altas,  que  zanzavam, caminhando garbosas, soberbas, perfumando e enamorando o ambiente qual flores da primavera, em uniformes de gala, de finos tecidos, cravejados de grandes botões dourados, luvas bordadas, plumas nos quepes, talabartes e sapatos engraxados, em brilho fácil, empunhando instrumentos afinadíssimos, alguns nunca vistos. Era ali que perdíamos o concurso, era ali ao olhar pra si, os uniformes simples,  sem nenhum detalhe, conga branco, com ameaças pra não sujar, calça vermelha de tergal, blusa fechada azul de gola redonda,  manga comprida, nada de quepes, enfeites?, só na percussão, bumbos, surdos, adesivados em papel camuflado, e em destaque  só mesmo as luvas brancas, também sob ameaça. A comparação nos reduzia,  travava até o caminhar, alguns eram quase estátuas. 
Do palanque um narrador, enaltecia a resenha, descrevendo toda a historia da agremiação, nessa hora se esquecia de todo o cotidiano, a condição de cão sem dono, e orgulhosos sentíamos a alma arrepiada,  ao anunciarem, Banda Marcial Masculina Educandário Dom Duarte, os aplausos sempre fervorosos e comoventes nos enchia de garra e fibra, arrancando força e postura do íntimo. Multiplicavam se aplausos e demonstrações de carinho, ao ouvirem os acordes  de Romeu e Julieta num samba?!!!, a batucada contagiava, e os contrapontos carnavalescos, firmavam a melodia, enlaçando o dueto das marimbas, pistões, bombardinos, trombones e cornetas em diversas vozes. Espontaneamente o publico, e adversários solfejavam notas bailando e balançando o corpo, numa mistura de valsa e samba, carnaval e  casamento, foi ali que aprendi a enxergar a emoção na alma de quem ouve, e quem faz, de quem toca e é tocado. Premiações? que me lembre, só por participar, troféus? trouxemos muitos, eles iam pro ego e pra galeria de belas recordações, eram o carinho, cumprimentos e respeito  do publico, julgadores e de nossos adversários.













Fotos Correio Paulistano, O Estado de São Paulo, jornal de notícias, arquivo pessoal, facebook Educandário Dom Duarte, Edu da águas e colaboradores Airton dos Santos e Pedro Nitinha Nolasco


terça-feira, 16 de setembro de 2014

ARTISTAS A ARTE PRA VIVER


FORA DE SÉRIES O EDD SEMPRE TEVE MUITOS E DE TODOS OS TIPOS E JEITOS, COM AS MÃOS, COM OS PUNHOS, COM OS PÉS, COM A LÁBIA OU LÁBIOS O TALENTO EM ALGUM MOMENTO APARECIA. O LUGAR POR SUA BELEZA POR VEZES FOI TESTEMUNHA  DE FILMES OU NOVELAS E  ANTES DO FILME A HERDEIRA REBELDE TIVEMOS O MOACIR CLAUDINO DE INCRÍVEL TALENTO COM OS PÉS E O ABRAÃO FRANCISCO COM OS PUNHOS.
ACREDITO QUE POR INDICAÇÃO DAS PESSOAS QUE CONHECIAM O LUGAR ALGUMAS FILMAGENS E ATÉ PARTICIPAÇÕES NOS FILMES  FORAM FEITAS LÁ. O ATOR LEONARDO VILAR DE O PAGADOR DE PROMESSAS TINHA UM IRMÃO LÁ NO PV 24, NUM FILME COM ANSELMO DUARTE,  E A CANTORA MARLENE, A BANDA DO EDD PARTICIPOU E PARTE DO FILME FEITO LÁ, DA PRIMEIRA VERSÃO DE O MENINO DA PORTEIRA SAIU O MARCINHO FILHO DO CHEFE DO LAR 21 QUE FOI PROTAGONISTA DA HISTÓRICA JÁ LENDA PAULISTA CANTADA E CONTADA NAS TERRAS DE PIRATININGA. LUIZ AGUIAR FOI CANTOR E LOCUTOR. HOUVE UMA NOVELA DA REDE TUPY E NELA OCORRIA UM INCÊNDIO. NO CAMPÃO, NA LINHA DE FUNDO DEPOIS DO MASTRO FOI FEITA UMA CASA CHEIA DE MOVEIS, COM TAPETES E CORTINAS E NELA MORRIA  UMA MULHER QUEIMADA. DE NOITE ESCAPAMOS PRA ACOMPANHAR AS FILMAGENS QUE ROLOU MADRUGADA ADENTRO, FICOU TARDE E NINGUÉM VIU NADA SÓ OS EQUIPAMENTOS E PELA MANHÃ AS CINZAS AINDA QUENTES. A NOVELA CRISTAL  TEVE LOCAÇÕES NO TEATRO E IGREJA TAMBÉM REBELDES DO SBT. MAIS RECENTEMENTE POR IRONIA O EDD VIROU O QUARTEL GENERAL DA REPRESSÃO EM AMOR  E REVOLUÇÃO. , NA LINHA DOS CLIPES RONY BARBA E MARILU GRAVOU NA IGREJA E ARREDORES. HOUVE UM INTERNO QUE VIROU CANTOR E LOCUTOR, ERA O LUIS AGUIAR FEZ MUITO SUCESSO, FOI O PRIMEIRO A ENTREVISTAR YURI GAGARIM NO BRASIL E TRABALHA NO ESPORTE TV ATUALMENTE, ENTREVISTOU MUITA GENTE IMPORTANTE, ARTISTAS E ESPORTISTAS. TRABALHOU NA REDE BANDEIRANTES E IMPULSIONOU O PROGRAMA O S BROTOS COMANDAM E CANTAVA TAMBÉM. FOI ALFAIATE APRENDEU COM O PAI QUE LHE DEU NOME DE REI  LUIZ GONZAGA  DE AGUIAR.
O HUMORISTA CARLINHOS O MENDIGO DO PANICO É O MAIS RECENTE CASO DE SUCESSO NAS ARTES, MOSTROU A CARA E DE FORMA NUA E CRUA SEM MAQUIAGENS E SEM INVERDADES CONTOU UM POUCO DO QUE ERA O EDD, COM ORGULHO EXPÔS PRA TODO O BRASIL NO RADIO E TV O COTIDIANO DAQUELE LUGAR E ALGUMAS HISTORIAS DE VIDA DELE E OUTROS QUE POR LÁ VIVERAM, ME SINTO ORGULHOSO, MUITO ORGULHOSO. MATÉRIAS, ENTREVISTAS, CLIPES, DOCUMENTÁRIOS ETC.. VOLTA E MEIA SÃO VEICULADOS E MOSTRAM A BELEZA DO LUGAR E SEUS ASTROS. OUTROS ARTISTAS QUE TEM ENGRANDECIDO E MUITO A TODOS SÃO OS MÚSICOS  DA BANDA PRATICATATUM, JOVENS ASSESSORADOS PELOS PROFESSORES DO EDD QUE TEM MANDADO BEM.
DOS ARTISTAS,  O MAIS GENIAL FOI O EDUARDO OLIVEIRA, PENA NÃO TER CONHECIDO SUA HISTORIA NO TEMPO EM QUE LÁ VIVI, SÓ RECENTEMENTE VIM CONHECER UM POUCO DE SUA VIDA. EXEMPLO DE SUCESSO E  MUITO POUCO CONHECIDO NO BRASIL FOI PROFESSOR, ESCRITOR, POETA, COMPOSITOR, AUTOR DO HINO Á NEGRITUDE. VOU DEIXAR QUE A REPORTAGEM DA REVISTA RAÇA BRASIL CONTE MELHOR.

EDUARDO OLIVEIRA

                                    Uma voz da consciência e da liberdade

Ele é um dos mais atuantes membros do movimento negro no Brasil e um humanistapacifista, assim como o seu ídolo, Martin Luther King Júnior. Autor do Hino à Negritude, cântico à Africanidade Brasileira, e de mais de dez livros - em sua maioria poesia - Eduardo Oliveira fala de sua incansável luta pela igualdade racial no País

POR AMILTON PINHEIRO | FOTOS: RAFAEL CUSATO
Eduardo Oliveira na redação da RAÇA BRASIL. Visita ilustre
Era o ano de 1929. O então menino Eduardo, na ocasião com três anos de idade, estava na companhia do seu tutor, Francisco Salles Prudente Corrêa, numa chácara próxima à Rua da Consolação, em São Paulo, quando avistou um balão que passava no céu e que só ele observara. "Eu me lembro, como se fosse hoje daquele balão colorido que atravessava o céu. Olhei para o meu tutor e apontei com o dedinho para o balão.
Ele me olhou e disse para as outras pessoas presentes, que eu, apesar da minha pouca idade, tinha uma percepção muito boa, e que isso era um sinal de que tinha muita sensibilidade, e que essa sensibilidade ajudaria na minha vida pessoal e profissional", diz Eduardo Oliveira, hoje com 83 anos.
Eduardo Oliveira em família
Pode soar paradoxal que um dos mais conscientes e atuantes negros brasileiros, participante de várias entidades ligadas ao movimento, fundador presidente do Congresso Nacional Afrobrasileiro (CNAB) e autor, entre outras obras, do livro Quem é quem na negritude brasileira (registro salutar sobre personalidades negras da nossa história), passou uma parte de sua vida sem saber direito o que era ser negro e, principalmente, sobre a história da escravidão e da condição do negro depois da abolição.
"Eu, até então, não conhecia a história dos negros. Não me via como negro e sim como cidadão", revela. Apesar de desde cedo conhecer o nome dos seus pais - Sebastião Ferreira e Henriqueta de Oliveira - e de ter o nome deles no registro (ele só foi registrado quando tinha 18 anos e, até esse tempo, tinha nomes e sobrenomes curiosos como Eduardo Diamantino Ouro Preto Seu Criado e Eduardo Deus Deu Paulistano), Eduardo foi criado até 11 anos pelo seu tutor, Francisco Salles Prudente Corrêa, parente distante do primeiro presidente civil brasileiro, Prudente de Morais. Seu mundo foi sendo formado e entendido pelo convívio com esse homem branco, pois, naquela época, a instrução era dada basicamente pelos pais ou por alguém que os substituíssem. Então, o seu contato com a música veio pelo incentivo de seu tutor, assim como o gosto pela educação e pela cultura em geral.

A CONSTATAÇÃO DE SUA GENTE
Ao completar 11 anos, Eduardo foi obrigado a deixar o lar de Francisco Salles, que tomou uma difícil decisão: ficar com a sua tutela ou a de uma jovem branca. Optou pela mocinha, por achar que era mais fácil Eduardo, como homem, se adaptar a um colégio interno. O juiz que cuidou do seu caso o designou para ser colocado no Instituto de Menores Celso Garcia. Seu tutor, porém, não gostou do aspecto do local, tampouco dos menores que ali moravam. O juiz designou outro lugar para Eduardo ser internado: o Educandário Dom Duarte, da Liga das Senhoras Católicas. E foi lá que o menino Eduardo tomou consciência de sua cor, de sua origem, de ser negro. Primeiro, sentiu na pele a discriminação, quando percebeu que os pais dos seus colegas de escola evitavam se encontrar com o seu ex-tutor em dias de visita, por causa de sua presença.
Mas foi o diretor do educandário, Hugo Fagundes Varela (sobrinho-neto do poeta Fagundes Varela), que lhe abriu os olhos para a raça a que ele pertencia. "Ele falou sobre a importância da minha raça e que eu, com meu talento para a música - pois nessa época já me destacava nas apresentações da escola recitando versos e cânticos - deveria fazer um cântico, um poema para enaltecer o meu povo", relembra Eduardo Oliveira. Daí surgiu a ideia de fazer um hino que valorizasse sua gente. Aos 16 anos ele escreveu a letra e a música do Hino à Negritude: "Sob o céu cor de anil das Américas/Hoje se ergue um soberbo perfil/É uma imagem de luz/Que em verdade traduz/A história do negro no Brasil... ", canta, com orgulho.

"Não conhecia a história dos negros . Não me via como negro e sim como cidadão"



NAS ARTES PLÁSTICAS TIVEMOS O CID AYRES QUE POUCO SEI SÓ O DISPONÍVEL NA INTERNET FOI TAMBÉM DO EDD




TIVEMOS TAMBÉM O MILTON JACINSKY, POLONÊS QUE FUGIU DOS HORRORES NAZISTA. O PEDRO NITINHA NOLASCO E AIRTON DOS SANTOS CONVIVERAM COM ELE E VOLTA E MEIA ME CONTAM ALGUM FATO NOVO E Á POUCOS TEMPO ATRÁS CONSEGUI UMA FOTO DELE. 
SEGUE UM POUCO DE SUA VIDA CONTADA POR ARTIGOS NA INTERNET.




OUTRO ARTISTA  FAMOSO E DE SUCESSO É EDU DAS ÁGUAS. DESDE OS TEMPOS DE EDD VEM DEIXANDO SUAS PINCELADAS MARCADAS POR ONDE PASSA.TENHO VISTO UM POUCO DO SEU TRABALHO E FOTOS PELA INTERNET  E FALEI COM ELE PELO FACE ALGUMAS VEZES. PELA MANEIRA QUE ESCREVE DÁ PRA SENTIR UM POUCO DA SUA SIMPLICIDADE. FOI PROFESSOR DOS ALUNOS QUE ELE ENSINAVA E AUTOR DO PAINEL QUE POR ANOS ENFEITOU O FUNDO DO PALCO DO TEATRO (ESSE PAINEL ERA UM DESENHO DA ENTRADA PRINCIPAL E HOJE ESTÁ SUMIDO).
PARTICIPOU DA CONSTRUÇÃO DA PISCINA COM ENXADÕES NO BARRO DO MONTE ALEGRE E DIVULGOU A ARTE DA PINTURA ENTRE OS INTERNOS..
JÁ VIAJOU POR VÁRIOS PAÍSES LEVANDO SUA ARTE DE DIVERSOS TEMAS TORNANDO SE INTIMO DE POLÍTICOS, ARTISTAS E CELEBRIDADES.



TURMA DE 1957 EM FRENTE AO TEATRO










SE FOR ENUMERAR A LISTA DE TODOS QUE DE ALGUMA FORMA FAZEM  OU FIZERAM ARTE E QUE PASSARAM PELO EDD VOU SE ALONGAR DEMAIS E TAMBÉM SER INJUSTO POIS COM CERTEZA MUITOS NOMES NÃO APARECERÃO NA LISTA. FICA A LEMBRANÇA E MENÇÃO AOS LOCUTORES, REPÓRTERES, MÚSICOS, CANTORES, ATORES, HUMORISTAS, DIRETORES, PINTORES, JOGADORES, PUGILISTAS, ESPORTISTAS E OUTROS ARTISTAS QUE DE ALGUMA FORMA ENGRANDECERAM A VIDA NA GUERRA E ARTE PRA VIVER.


O MENINO DA PORTEIRA






A HERDEIRA REBELDE






NOVELA CRISTAL
AMOR E REVOLUÇÃO

















RONY BARBA E MARYLU (CLIPE)






 REBELDES





















FONTES E FOTOS LIGA SOLIDÁRIA, REVISTA RAÇA BRASIL, CINEMATECA BRASILEIRA, EDU DAS ÁGUAS, CID AYRES, MILTON JACINSKY, SBT, RONY BARBA, ABRE TEATRO, LUIS AGUIAR, AIRTON DOS SANTOS, PEDRO NITINHA NOLASCO

VÍDEO COM O PROFESSOR EDUARDO OLIVEIRA INTERPRETANDO O HINO Á NEGRITUDE fonte yuo tube